Olá amigos,
O cooperativismo tem um enorme desafio pela frente, tanto em âmbito federal como local. É preciso reconstruir pontes com o novo Congresso e com as novas Assembleias Legislativas, para que possamos manter em pauta projetos do interesse das cooperativas em todos os ramos. A renovação de mandatos foi além dos 50%. São 273 novos deputados federais e 46 novos senadores. Em São Paulo, dos 94 deputados da Alesp, 51 são estreantes. Dos 43 reeleitos, sete, ouvidos pela EasyCoop, garantiram apoio às causas cooperativistas. Todos tomarão posse em 1º de fevereiro. As frentes parlamentares do cooperativismo (Frencoops federal e estadual) perderam boa parte de seus membros e precisam ser reerguidas. O Sistema OCB, após ouvir lideranças cooperativistas de todo o país, já entregou ao governo de Jair Bolsonaro um documento com “Propostas para um Brasil Mais Cooperativo”. Com 42 páginas, o documento reforça a importância do cooperativismo como um modelo de negócio.
Em outra análise especial, o advogado Waldyr Colloca Jr. traz visão animadora da nova realidade que envolve as cooperativas de trabalho após a legalização da terceirização das atividades-fim das empresas (por meio das leis 13.429/17 e 13.467/17 e por meio da decisão do STF, de 30/08 passado. Por 7 votos a 4, o plenário do Supremo decidiu que a terceirização irrestrita não viola a Constituição). Especialista no assunto, o advogado afirma que “a terceirização de todas as atividades de uma empresa torna-se uma grande oportunidade de atuação para as cooperativas de trabalho”, sempre com respeito às regras trabalhistas.
Nesta edição, a última de 2018, oferecemos a você três reportagens especiais, todas mostrando avanços do cooperativismo. A primeira destaca a importância de as cooperativas ficarem antenadas com os novos tempos, adotando soluções oferecidas pela tecnologia e modernas ferramentas de gestão. As mudanças exigem mais intercooperação entre grandes e pequenas cooperativas. Complementa o tema um artigo de Aíla Fialho, sobre a importância da governança corporativa também para as pequenas cooperativas. A segunda reportagem traz o exemplo da Cooperativa de Transporte Rodoviário (Coopertran), de Congonhas (MG). É um case que consegue mostrar como gestão, tecnologia e capacitação impulsionam o crescimento. A terceira reportagem mostra como as cooperativas de presas estão se multiplicando no Brasil, a partir da pioneira Coostafe, organizada no Centro de Recuperação Feminino de Ananindeua (PA). Outra cooperativa nos mesmos moldes foi criada este ano na Penitenciária Feminina Tremembé 2, em Tremembé (Vale do Paraíba-SP), e uma terceira está em implantação no Presídio Feminino de Palmas, capital do Tocantins.
Temos ainda uma reportagem sobre a falta de incentivo à expansão da reciclagem do lixo no país, com atrasos e mais atrasos na extinção dos lixões a céu aberto. Nos últimos cinco anos, foram parar nos lixões 45 milhões de toneladas de materiais recicláveis. Confira ainda o “Passo 6” de nossa série de 7 dicas sobre como criar e gerir uma cooperativa. Por fim, aproveite as nossas Coopernotas - três páginas de curiosidades sobre cooperativismo, com destaque para o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito, comemorado em 18 de outubro.
Boa leitura!
Sandra Campos
Editora da Revista EasyCoop
www.easycoop.com.br
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