Cooperativismo foi tema de palestra no II Congresso Nordestino de Apicultura
05/12/2011
Cooperativismo: Riscos e Oportunidades. Este foi o tema de palestra
ministrada pelo economista e especialista em cooperativismo, Álvaro dos
Santos Neto, durante o II Congresso de Apicultura e Meliponicultura do
Nordeste. O evento acontece no prédio da Federação das Indústrias do Estado do Piauí, Fiepi, em Teresina.
Durante a palestra, dirigida a pequenos apicultores, foram abordados
temas como: a visão geral do cooperativismo no Brasil e no mundo;
perspectivas econômicas para cooperativas e os riscos e oportunidades do
setor. Na ocasião também foram apresentados dados sobre a produção de
mel local e globalmente.
O palestrante fez ainda um comparativo entre o número de cooperados no
Brasil e na Alemanha. Segundo o economista, apenas 3% da população
brasileira é cooperativista, enquanto que na Alemanha 30% da população
faz parte de alguma entidade.
“Esses dados mostram como nosso país precisa entender
e praticar o cooperativismo, pois os benefícios de ser cooperado são
muitos. Geralmente, as instituições financeiras facilitam o acesso ao
crédito das cooperativas, diferentemente de uma única pessoa, que ao
procurar a mesma instituição financeira, terá maiores dificuldades de
conseguir crédito”, argumentou o palestrante.
Segundo o economista, os principais fatores que impedem o crescimento
de cooperativas no Brasil são o próprio sistema financeiro competitivo, a
legislação e a política nacional.
Sobre o setor apícola, Álvaro Neto, afirma que o Brasil é um grande
mercado e seu potencial é maior do que o que é produzido atualmente.
“Países como China, Argentina, Estados Unidos e Turquia são destaques no
mercado do mel. O Brasil precisa evoluir e tratar o mel como um alimento requintado e não somente como remédio”, afirma.
Conforme dados divulgados pela Confederação Brasileira de Apicultura,
CBA, o país conta com aproximadamente 350 mil apicultores e gera
empregos para cerca de um milhão de pessoas.
Ainda sobre o tema do cooperativismo, o palestrante disse que este é um
setor de incertezas, mas também de muitas possibilidades. “O
reordenamento da divisão internacional do trabalho, a qualificação
profissional, inovação e criatividade são fatores que possibilitarão uma
melhoria na economia e conseqüentemente nas cooperativas. Para que as
cooperativas tenham sucesso é necessário a intercooperação, com uma
cooperativa comercializando com as outras”, destaca.
Álvaro Neto falou também que a busca por uma gestão de excelência é o
caminho para a cooperativa prosperar. “Buscar a auto-gestão e manter a
comunicação eficiente entre os cooperados são caminhos longos a
percorrer, mas quando alcançados mostram a força e a capacidade de uma
cooperativa”, finalizou.
O II Congresso de Apicultura e Meliponicultura do Nordeste é uma
realização da Federação das Entidades Apícolas do Estado do Piauí,
Feapi; em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas,
Sebrae no Piauí; Governo do Estado; e União Nordestina de Apicultura e
Meliponicultura, Unamel.