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Olá, como vai?!

Quero compartilhar contigo mais uma ação do cooperativismo rumo à liberdade.

No dia 9 de setembro, diversos Deputados Estaduais membros da Comissão de Atividades Econômicas da ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), convocaram as cooperativas paulistas para uma OITIVA. Eles queriam ouvir as cooperativas e conhecer qual a posição delas com relação à representação de cabresto exercida por uma ONG aqui no Estado de São Paulo, que obriga as cooperativas a estarem ligadas a eles para exercerem suas atividades e também para poderem participar de licitações.

ONG essa que foi criada pela ditadura militar em 1970, época em que todas as representações do cooperativismo foram aniquiladas, junto com tantos brasileiros que foram torturados, presos, mutilados, violentados e assassinados na luta pela democracia. Nessa época, o então presidente do Brasil o (Ditador), General Médici, tentava a todo custo exterminar qualquer forma de representação que de alguma forma colocasse em risco a ditadura exercida por ele à época. E foi por esse motivo que ele incentivou a criação desta ONG, para que o cooperativismo que estava crescendo e reunindo pessoas, pudesse ter suas vozes abafadas. Ele conseguiu, pois logo em seguida à criação ele mandou redigir uma Lei em 1971, onde está escrito que todas as cooperativas são obrigadas a estar ligadas a esta ONG para poderem existir. Bom, a ditadura em nosso País caiu, veio a Constituição de 88, porém, esta ONG como tem muito dinheiro, manipula muita gente e tem tentado de todas as formas manter essa representação de cabresto, que não existe em nenhum outro segmento da economia brasileira.

Para a nossa total surpresa um dos superintendes super bem remunerado com salário oficial na casa do 25 mil reais, foi até lá para defender a representação de cabresto. Contou a história de Rochedale, onde o cooperativismo nasceu de tecelões que estavam sendo esmagados... blá.. blá.. blá... e foi vaiado pela multidão que estava presente e já conhece bem o discurso engravatado deles, que defendem o seu santo ganha pão com unhas e dentes, pois um salário desses, mais carro com gasolina à sua disposição e um vale refeição de fazer inveja a muito diretor de multinacional, com viagens internacionais regadas a muita bebida importada, claro que vai defender com unhas e dentes esta “teta gigante”. Afinal de contas, não é todo dia que se encontra um emprego de ouro desses.

Bom, mas voltando ao nosso encontro, estiveram presentes cerca de 200 líderes de cooperativas para declararem apoio ao fim da representação de cabresto exercida por esta ONG em SP. O auditório ficou pequeno para receber as pessoas que esparralharam faixas por todas as paredes e se manifestavam o tempo todo contrário a esta ação.

A sessão de falas foi aberta pelo Dr. Reginaldo Ferreira Lima, a quem consideramos um dos pais do cooperativismo brasileiro, pois foi o advogado que criou a primeira Unimed em nosso País e depois dela constituiu centenas de outras cooperativas nascidas em suas mãos. Ele explicou aos deputados presentes, como a Constituição de 88 deu liberdade às cooperativas e como acabou com a ditadura. Ele é um homem que viveu o período da ditadura e com muito orgulho superou os desmandos cometidos pelos Generais que davam fim a tudo que não estivesse de acordo com o interesses deles.

A Dona Luzia representou os catadores e fez um discurso estarrecedor, que mostra que o catador não é idiota apesar de ser pobre e humilde e não está de acordo em sustentar as tetas dessa ONG.

O companheiro Aranha representou as cooperativas da agricultura familiar e lembrou aos deputados o quanto eles sofreram ao ganhar as licitações municipais de São Paulo e não puderam entregar os seus produtos por não concordarem em se ligar a essa ONG. Por essa razão, muitas famílias tiveram prejuízo e lutaram em conjunto para acabar com a mesma lei no município de São Paulo, onde os vereadores Paulistanos ao tomarem conhecimento da aberração que era esse “pseudo” apoio ao cooperativismo, foram unânimes em garantirem a liberdade das cooperativas.

O Élvio da FAF-CUT (Federação da Agricultura Familiar), foi enfático ao reafirmar que a ditadura acabou e se for necessário os agricultores virão em peso para São Paulo para mostrarem sua insatisfação diante dessa aberração, pois quando o agricultor passa necessidade lá na ponta, esta ONG não está lá para ajudá-los, mas na hora de arrecadar, quer obrigá-los a se filiarem.

Lurdinha, representando o SINCOTRASP (Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo), colocou que esta ONG, por ser milionária, colocou-se no pedestal, afastando-se da base e nunca fez nada para conquistar as cooperativas. Disse que gostaria de ser conquistada e não obrigada a se ligar a algo que não condiz com os princípios do cooperativismo.

O Daniel, presidente do SINCOTRASP, colocou que o 1º princípio do cooperativismo não é respeitado por eles, que é o da adesão livre e voluntária, o que dizer do restante. Daniel finalizou dizendo que eles utilizam a política do faço o que eu mando e não façam o que eu faço.

O João Grandão, que representa as associações de produtores rurais, colocou que muitas associações, hoje, não se transformam em cooperativas por causa do entrave dessa ONG.

Léo Pinho, da UNISOL, colocou que o mundo em 45 anos mudou e passou da hora dessa ONG acordar para a vontade das cooperativas.

A Cáritas também teve voz e colocou que as cooperativas que esta ONG representa, de longe são as que estavam lá e isso deve ser respeitado.

A Deputada Marcia Lia, defendeu com veemência a democracia para o cooperativismo e pediu aos deputados que votem a favor do PL 1271/2014 e PL 1277/2014, pois a democracia no Estado de São Paulo deve ser respeitada.

O Deputado Zico Prado, um dos autores do Projeto de Lei 1277/2014, foi uma das vítimas da ditadura e essa Lei de 1971 representa que tudo que ele sofreu na busca da democracia.

Foi interessante ver que os Deputados presentes se interessaram pelo assunto e prestaram muita atenção a tudo que foi dito e se comprometeram a estudar o assunto.

Venha você também lutar conosco pela democracia, me mande um e-mail ([email protected]) ou me ligue (11-7846-2836 ou 948-137-799) que teremos prazer em partilhar contigo todos os acontecimentos.

Juntos, vamos vencer essa batalha e vamos fazer valer a Constituição de 88, que nos trouxe a liberdade de escolha.

Nitidamente, a ONG parece estar em desespero, pois disse que agora será cobrada “somente uma taxinha”. Porém, pode ser até de graça, mas, obrigado, não vamos aceitar, pois pago ou não, a obrigatoriedade continua sendo inconstitucional.

Agradeço a sua atenção e contamos com sua colaboração, mesmo que seja por e-mail. Toda ajuda sempre é bem-vinda.

Sandra Campos
Presidente
FETRABRAS – Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados
Editora Chefe - Portal e Revista EasyCOOP
Telefone: 11-3256-6009 ou 11-5093-5400
Celular: 11-7846-2836 TIM 948-137-799 WhatsApp
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